cinema sob uma perspectiva contra-hegemônica

Estreias: ALMA NEGRA, DO QUILOMBO AO BAILE

Documentário de Flavio Frederico fará sua estreia mundial na Competição Longas Documentários do Festival do Rio.

ALMA NEGRA, DO QUILOMBO AO BAILE faz um amplo mergulho no universo “black” brasileiro através da música Soul, desde seu surgimento no final dos anos sessenta até́ o início dos anos 80 com a chegada da disco. Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Carlos Dafé́, Toni Tornado, Sandra de Sá e diversos outros personagens centrais desse movimento aparecem no filme, que retrata além da música; a moda, os costumes, o modo de vida e, principalmente, o surgimento do movimento de afirmação da cultura negra brasileira nos anos setenta e a luta política contra o racismo. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 70 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves, o filme busca nos quilombos e nos bailes de soul, retratar a alma negra brasileira.

A ideia central é entrar no sentido profundo tanto da palavra Soul, como do que representou a transmigração de negros africanos para as Américas do Sul e do Norte em termos musicais e sentimentais.

A “alma” do homem negro que vem para os Estados Unidos e desenvolve a Soul music como uma das expressões de seu sentimento através de uma fusão do gospel, com jazz e R&B e a utilização dos instrumentos da cultura americana (violão, sopros e piano). Esse gênero vem para o Brasil exatamente ao final dos anos 60 e início dos 70, no auge do movimento dos civil rights americanos e de libertação das ex-colônias da África e encontra como pano de fundo o surgimento de um “novo movimento negro” brasileiro com o surgimento de intelectuais como Beatriz NascimentoLélia GonzalezAbdias do Nascimento entre outros. 

foto de Januário Garcia / IMS

SINOPSE: 

O filme é um amplo mergulho no universo afrobrasileiro através da música Soul, retratando desde o surgimento do gênero, a chegada no Brasil no final dos anos 60 e o sucesso musical na indústria fonográfica, até o ápice com os famosos bailes blacks no Rio de Janeiro e São Paulo. O filme retrata além da música, o movimento de valorização da cultura negra e a luta política contra o racismo na época. Através do olhar de algumas das grandes intelectuais negras dos anos 70 e de hoje, como Beatriz Nascimento, Lélia González e Edneia Gonçalves, o filme busca nos quilombos e nos bailes de soul, retratar a alma negra brasileira.

FICHA TÉCNICA:

DireçãoFlavio Frederico

Produção / ArgumentoBiD e Flavio Frederico

RoteiroMariana Pamplona e Flavio Frederico

Direção Musical / Trilha Sonora: BiD

Direção de FotografiaJacob Solitrenick, Carlos André Zalasik, Jacques Cheuiche e Janice D’Avila

MontagemFlavio Frederico

Produção ExecutivaFlavio Frederico, Jorge Guedes e Marina Couto

Pesquisa: Remier Rocha e Flavio Frederico

Arte / Animação / Design Gráfico: Rafael Terpins