cinema sob uma perspectiva contra-hegemônica

Meridiano de Sangue em pré-produção

E a pergunta que não quer calar é: agora vai?

Não é de hoje que se especula a respeito de uma adaptação cinematográfica para Meridiano de Sangue (Blood Meridian), de Cormac McCarthy, um dos romances estadunidenses mais celebrados das últimas quatro décadas.

No passado, nomes como Tommy Lee Jones, Ridley Scott, Todd Fields e James Franco tentaram dar vida a tal projeto mas logo desistiram. A bola da vez está nos pés de John Hillcoat, responsável por trazer às telas dos cinemas outro livro do escritor: A Estrada, em 2009.

A ideia inicial do diretor era escrever o roteiro em parceria com McCarthy que, infelizmente, faleceu em junho de 2023, inviabilizando a iniciativa. Para seu lugar foi chamado o roteirista John Logan (Gladiador, A Invenção de Hugo Cabret, O Aviador, 007 – Operação Skyfall).

A adaptação mais bem-sucedida de um livro de Comarc McCarthy foi, certamente, a de Onde Os Fracos Não Têm Vez, dos Irmãos Coen, premiada com o Oscar de Melhor Filme e Direção, além da aclamação da crítica.

Comarc McCarthy

SOBRE O LIVRO

Meridiano de Sangue é considerado por muitos como um dos grandes marcos literários da literatura estadunidense do século XX. O épico narra a jornada de um garoto sem nome (identificado simplesmente como The Kid) que se junta a um grupo de mercenários com a missão de assassinar e escalpelar indígenas.

Marcado por uma prosa onde momentos de brutalidade explícita são retratados sob surpreendente lirismo, a obra nos apresenta aquele que é um dos mais fascinantes personagens da literatura do século passado: Juiz Holden, um homem culto e perverso dotado de significativas particularidades – como o fato de não ter absolutamente nenhum pêlo no corpo, ser exímio violinista e dançarino – que é uma espécie de encarnação metafísica de toda a maldade que existe no mundo.

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