O curta-metragem A Cor do Cinema que participou de diversos festivais nacionais e internacionais de cinema, tem sua estreia marcada para a cidade do Rio de Janeiro, no maior encontro de cinema negro da América Latina.
O curta-metragem “A Cor do Cinema”, que já percorreu diversos festivais nacionais e internacionais, está prestes a fazer sua estreia no 17º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, no Rio de Janeiro, o maior evento dedicado ao cinema negro na América Latina. O filme, dirigido pela dupla de cineastas caxienses Mica Lopes e Vio Anchieta, traz à tona histórias de quatro profissionais negros do audiovisual e suas experiências no cinema brasileiro, com uma abordagem sensível e impactante.
Esses profissionais atuaram em grandes produções, como a série “Os Quatro da Candelária” (Netflix), o longa “Nosso Sonho”, a série “Maldivas” (Netflix), “Veronika” (Globoplay), o filme “Grande Sertão Veredas” e o programa “Bar do Gogó” (Multishow), além de diversos outros projetos.
“O curta busca mostrar a conexão dessas pessoas com a sua cor e de que modo elas se conectaram consigo mesmas e com a produção, entendendo seus lugares nesse ambiente e também o que ele significa para cada um.” Escreve Luiza Joaquim na sua crítica para a cobertura do 22º Festival Brasileiro de Cinema Universitário – FBCU.
Concebido como trabalho de conclusão de curso de Mica Lopes, o curta busca refletir sobre as trajetórias de trabalhadores negros do audiovisual no Brasil, discutindo questões raciais que permeiam a indústria cinematográfica nacional. A produção entrou no circuito de festivais em setembro de 2024 e já acumula participações em mais de sete festivais nacionais e internacionais, incluindo o 22º Festival Brasileiro de Cinema Universitário (onde venceu o Prêmio de Aquisição Ubuplay), o 22º Festival Cinema Universitário NOIA, 16° Festival Internacional de Cinema Escolar (MACACUCINE), IV CINIFEST e o Lift-Off Filmmakers Sessions, além de mostras dedicadas ao cinema negro, como a 2ª Mostra de Cinema Negro de Londrina.
Segundo Luiza Joaquim, o filme se destaca por sua delicadeza e profundidade: “A obra tem uma narrativa muito bem construída, fazendo com que você compreenda o que está sendo retratado aos poucos, já que a história não conta com um narrador. O curta, mesmo tocando em pontos sensíveis, tem uma delicadeza muito grande em ambientar a pauta das pessoas pretas no meio cinematográfico, suas dificuldades e seus caminhos até chegar nesse lugar.”
O Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul:Brasil, África, Caribe e outras diásporas, que acontece entre os dias 18 e 25 de outubro em espaços como o Cine Odeon, o Museu do Amanhã e o Museu de Arte do Rio, celebra este ano seu 17º aniversário com o tema “Fortalecendo Pontes”.
O evento busca unir cineastas, pensadores e públicos de diferentes partes do mundo em torno da troca de experiências e reinvenção de narrativas.
Mica Lopes (@micalopesg), natural de Duque de Caxias e formado em Produção Cultural pelo IFRJ, se destaca como uma das novas vozes do audiovisual da Baixada Fluminense. Com passagens por produções renomadas, como o filme “Eike: Tudo ou Nada”, a série “Todo Dia a Mesma Noite” da Netflix e na segunda e terceira temporada da série “DOM” da Amazon Prime Video, Mica agora faz sua estreia como diretor com “A Cor do Cinema”. Atualmente, ele está cursando pós-graduação em Gestão da Indústria Cinematográfica, e é aluno especial do curso de mestrado em estética e história da arte pela USP.
Vio Anchieta (@vioanchieta), também natural de Duque de Caxias, é formada em Áudio e Vídeo pelo Colégio Estadual Dom Pedro II e em Tecnologia de Eventos. Com uma carreira em ascensão no audiovisual, Vio atuou como produtora de platô e diretora de produção em curtas-metragens como “O Teste” e “Memória: História é filme, não é foto”. Além de sua experiência em cinema, ela tem se destacado como fotógrafa, com trabalhos que capturam a riqueza da cultura afro e nordestina na Baixada Fluminense. Suas fotos foram publicadas em jornais e em um catálogo cultural, consolidando sua posição como uma voz emergente no cenário audiovisual da região, a qual recentemente participou do catálogo “Memória viva: um olhar nordestino”.
A Cor do Cinema será exibido na sessão “Produções de Cinema”, no dia 22 de outubro, no Cine Odeon, das 13h às 15h.
Ficha Técnica:
Produção: Mica Lopes
Direção: Mica Lopes e Vio Anchieta
1ª Assistente de Direção: Laura Gonna
1ª Assistente de Produção: Larissa Pereira
1ª Assistente de Produção: Gabrieli Oliveira
Direção de Fotografia: Jomboh e MaCla Oliveira
Still: Pedro Couto
Making Off: Rhayane Ramos
Direção de Arte: Ivy Magalhães
Som Direto: Italo Pereira
Edição: Vio Anchieta
Direção de Comunicação e Marketing: Maju Santos
Acompanhamento de Produção: Nicolas Leclercq
Elenco Principal: Lais Fonseca, Marcilucy de Andrade, Vanessa Noronha e Yan Muniz
Elenco Secundário: Maria Salles, Marina de Souza, Marcos Henrique Carneiro, Paulo Jorge Roque, Renan Nascimento, Samuel Araújo, Suelem dos Santos e Tainá de Almeida
Agradecimentos: Ghetto Colletiv e Núcleo de Audiovisual (NUCA).
Agradecimentos especiais: Antonio Kuschnir, Guida, Ju Angelino, Ramon Lid e Vandl Art
Gênero: Documentário
Duração: 14 min
Ano de produção: 2023
País: Brasil
Produção Independente.
Exibição:
Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul: Brasil, África, Caribe e outras diásporas
Data: 22 de Outubro de 2024
Local: Cine ODEON – Praça Floriano, 7 – Centro, Rio de Janeiro
Horário: 13h às 15h
Entrada gratuita
Programação completa disponível no Perfil do Instagram do Centro AfroCarioca de Cinema