cinema sob uma perspectiva contra-hegemônica

Morre o visionário diretor David Lynch

A família postou a notícia nas redes sociais

Uma notícia muito triste para os amantes da Sétima Arte, morreu, aos 78 anos, o cultuado diretor David Lynch, realizador de obras como Eraserhead, Cidade dos Sonhos, Homem Elefante e O Coração Selvagem.

O cineasta foi diagnosticado com enfisema pulmonar. Fontes revelaram à revista estadunidense Deadline que Lynch se viu obrigado a se mudar de sua casa, devido ao incêndio na Sunset Boulevard. Desde então, ele teria piorado.

A nota da família nas redes sociais: “É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos o falecimento do homem e artista, David Lynch”, diz o post da família. “Gostaríamos de ter um pouco de privacidade neste momento. Há um grande buraco no mundo agora que ele não está mais conosco. Mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco.’ É um lindo dia com sol dourado e céu azul por todo o caminho.

Nascido em 20 de janeiro de 1946, em Missoula, Montana, Lynch começou sua carreira fazendo curtas-metragens no final dos anos 1960. Seu primeiro longa-metragem foi Eraserhead (1977), que ele escreveu e dirigiu e se tornou um clássico cult.

A carreira de Lynch decolou durante a década de 1980. Ele deu continuidade ao sucesso de Homem Elefante com Duna, a versão de 1984 do clássico romance de ficção científica de Frank Herbert que não conseguiu sucesso de bilheteria, e o thriller psicológico noir de 1986 Veludo Azul, estrelado por Kyle MacLachlan, Isabella Rossellini, Dennis Hopper e Laura Dern. Em 1989, ele criou, dirigiu e coescreveu 
Twin Peaks, um tipo bizarro de série policial/novela/ficção científica e aventura e mistério e pitadas de terror no estilo Além da Imaginação. A série durou duas temporadas e fez bastante sucesso, tendo, inclusive, um revival de 2017 chamada Twin Peaks: The Returns.

Venceu Cannes em 1990 e foi indicado quatro vezes ao Oscar, tendo sido homenageado com um Oscar honorário em 2000 pelo conjunto de sua obra.